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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O PERFIL DE UM PSICOPATA




O acusado Chispê Sete Herculany Bronson, tinha 37 anos de idade, moreno de cabelos castanhos, lábios grossos, dentes perfeitos, um metro e oitenta centímetros de altura, vendedor, realmente muito bonito. Foi preso e processado por ter matado um homossexual e seis mulheres. O primeiro ele matou, emasculou e dividiu o Crânio em duas bandas, as quais usava como uma espécie de cuia para servir alimento. Quanto às mulheres, as duas primeiras viviam muito bem financeiramente. A primeira, Hane Pink, recebia uma pensão deixada por seu pai, já falecido, que lhe rendia cerca de R$ 8.700,00 por mês e tinha um salão de beleza bastante freqüentado por mulheres da classe média. Esta foi assassinada com golpes de tesoura e navalha por todo o corpo e só foi encontrada cinco dias depois do crime no quarto de uma casa de veraneio alugada por ele.
A segunda, Paola Senyl, foi morta por asfixia depois de uma noite de farra, sexo e muita droga nas margens de um riacho de águas cristalinas e sem qualquer ligação com o cenário macabro criado por ele naquele local. As outras quatro ele negou a autoria, mas os indícios conduziam todos para ele. Herculany era arrogante, mentiroso e irresistível.
Conheça aqui o perfil desse homem para que você possa detectar alguma pessoa parecida com ele no seu ciclo de amizade. Inicialmente afirmo que ele tinha uma boa lábia, era bem articulado e ótimo marketeiro pessoal. Como um bom ator em cena conquistava as vítimas bajulando e contando histórias mirabolantes de si. Com meia dúzia de palavras difíceis, se passava por sociólogo, médico, filósofo, escritor, artista ou advogado.
Herculany tinha um ego inflado, ele se achava o cara mais importante do mundo. Seguro de si, cheio de opinião e dominador. Adorava ter poder sobre as pessoas e acreditava que nenhum palpite valia tanto quanto suas idéias.
Era um loroteiro desenfreado, mentia tanto que às vezes não se dava conta de que estava mentindo. Tinha até orgulho de sua capacidade de enganar. Para ele o mundo era feito de caças e predadores e não fazia sentido não se aproveitar da boa fé dos mais fracos.
O homem tinha uma sede insaciável por adrenalina, não tolerava monotonia e dificilmente ficava encostado num trabalho repetitivo ou num casamento; das mulheres que matou havia casado com três delas. Ele precisava viver no fio da navalha, quebrando regras. Ele se aventurava em rachas, drogas e crimes.
Em certas ocasiões ele apresentava reações estouradas, reagia desproporcionalmente a pequenos insultos, frustrações e ameaças, mas o estouro ia tão rápido quanto vinha, e logo ele agia como se nada tivesse acontecido. Ele era tão sem emoções que nem rancor ele conseguia guardar. Era um homem impulsivo, embora racional, não perdia tempo pesando os prós e os contras antes de agir. Se estivesse com vontade de fazer algo ia lá e conseguia fazer retirando os obstáculos do caminho. Se passasse a vontade largava tudo. Seu plano era o dia seguinte.
Ele tinha um comportamento antissocial, regras sociais não faziam sentido para quem era movido somente pelo prazer, ele era indiferente ao próximo. Faltava nele o sentimento de culpa. Por onde passava deixava bolsos vazios e corações partidos. Ora, mas porque se sentir mal se a dor era do outro e não dele? Para Herculany, a culpa era apenas um mecanismo para controlar as pessoas.
Era um homem de sentimentos superficiais, a emoção só existia nas lindas palavras que saiam de seus lindos lábios. Ele só namorava pelo tesão, pelo poder sobre o outro, não por amor. Quando perdia um amigo não ficava triste, mas ficava frustrado por ter ficado com uma fonte de favores a menos.
Faltava em Herculany empatia, não conseguia se colocar no lugar do próximo. Para ele as pessoas não eram mais que simples objeto do seu prazer. Não amava, não queria ter filhos e se tivesse seriam apenas como objetos de sua posse.
Herculany era um verdadeiro psicopata irresponsável, compromisso não lhe dizia nada, era um mal amante, mal funcionário e infiel com suas mulheres. Quando era pego numa de suas mancadas dizia sempre que ia mudar. Os seus problemas, segundo seus próprios relatos nos autos, apareceram cedo. Roubou aos 10 anos de idade, teve experiências sexuais aos 11 anos, não poupou os coleguinhas, irmãs, irmãos e animais, matou aos 12 anos. Ele era um psicopata. Morreu na prisão. Morreu como ficção.
Erivelton Lago- Advogado Criminalista

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