O movimento passe livre é uma luta da sociedade civil pela redução imediata das tarifas de ônibus na maior cidade do Brasil, São Paulo e no país inteiro. Acontece, porém, que ninguém protesta contra um aumento de R$ 0,25 centavos se estiver com esse dinheiro no bolso.
Na verdade, faltam a essas pessoas bons hospitais nos municípios, faltam escolas de verdade nas cidades e na zona rural do Brasil, falta transporte público no país inteiro. Falta segurança, falta vida digna. É preciso que se compreenda urgentemente que esse protesto provém da classe que mais paga imposto no Brasil, a classe média, que nunca caminhou sozinha nos seus protestos, classe média que ajuda, com muito dinheiro, nas despesas com a bolsa família (justa) e com os gastos para a realização das copas de futebol (in-justa!?).
Em suma, é preciso que a classe política perceba que todos os países do mundo são compostos por todas as pessoas que neles vivem. Quem se propõe a ser político profissional deve ter em mente que governar um POVO não é governar uma fazenda de gado (gado não pensa). O poder do Estado é limitado pela lei, mas o poder do povo é limitado pela morte e, portanto, não tem limites, basta que se dê uma olhada para o passado e se reveja a história das revoluções populares no Brasil e no mundo.
Cuidado, nenhum movimento popular permanece pacífico por um ano inteiro. Por fim, é bom que se saiba que o verdadeiro endereço do povo é sobrenatural, incerto, não sabido, mas sagrado. São milhares e milhares de mentes pensando trilhões de idéias por minuto em todos os lugares e em lugar nenhum (cadê o povo que estava aqui? Sumiu!). Assim sendo, a solução mais eficaz para o movimento que agora se inicia no Brasil é o recuo do “Estado arrecadador”, o cumprimento das melhores leis em prol da cidadania e a conscientização da classe política de que o povo brasileiro é PACÍFICO, mas não é ALIENADO.
Quem se propõe a ser político profissional deve ter em mente que governar um POVO não é governar uma fazenda de gado (gado não pensa)
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